Depois de um dia mau pode haver um céu estrelado. O meu reino.
por Princesa das estrelas
Eu gosto do Natal. A sério que gosto. Das iluminações na rua, dos dias frios, da árvore de Natal, dos enfeites espalhados pela casa, dos Cd's com músicas de Natal que a dia 1 de Dezembro ganham nova vida... gosto disso tudo. e mais ainda de ter a família reunida, de pensar o que vamos comer, de receber amigos, de jantares com gargalhadas e regados com bom vinho... e as crianças. O brilho nos olhos delas quando abrem as prendas... Mas não sei o que se passa comigo que ainda não comprei uma prenda, nem sequer pensei nisso e, para confessar, não estou com muita vontade de o fazer. Parece que é tudo muito lindo mas fora da minha casa. É como se o espírito de Natal ainda não tivesse chegado a minha casa. Estivesse ali, à porta d prédio a pedr licença para entrar. Mas eu ainda não a dei...
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por Princesa das estrelas
Não vale a pena dizer quantas vezes me lembrei do meu pai este Natal. Senti muitas saudades de acordar em sua casa no dia 25, com o cheiro do pão torrado a entrar pelo quarto e a sua voz a chamar-me molengona. Senti a falta do seu beijo, da sua alegria enquanto me via a abrir as prendas, do brilho do seu olhar... senti a falta de muitas coisas dele, mas não chorei. Consegui engolir uma ou outra lágrima mais matreira e vivi esta quadra com alegria.
Mas hoje pai, foi mais forte do que eu, lembrei-me de ti quando regressava do trabalho e no rádio parei na Amália FM. Escutava-se "O Rapaz da Camisola Verde", faduncho do qual tanto gostavas. E dei por mim a rir-me como uma perdida e a lembrar-me de ti e da forma como gozava contigo por gostares desse fado.
Onde quer que estejas pai, sente o meu beijo com muito amor
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por Princesa das estrelas
Eu bem sei que o meu filho não é melhor que os outros miúdos da idade dele apesar de todas as mães, assim como eu, terem aquela secreta certeza que o seu é ligeiramente melhor que os outros: mais esperto, mais bonito, com o narizinho mais perfeito ou o sorriso mais matreiro. Eu sei que, lá no fundo, ele é apenas um miúdo de 4 anos como todos os outros. Mas assim como tem comportamentos-padrão que fazem dele um igual aos outros, também têm características únicas que o tornam singular.
No passado sábado, depois de uma semana em casa por causa da maldita escarlatina, fomos ao cabeleireiro. Digamos que o cabelço do Henrique já não estava coisa que se apresentasse na escola. E, enquanto ele estava sentada na sua cadeira especial em amena cavaqueira com a cabeleireira, esta pergunta-lhe "Henrique e já pediu as prendas ao Pai Natal?""sim, pedi uma, o camião Mac Faísca", respondeu ele. "Só uma?" indagou a cabeleireira. "Sim, só uma. Estamos em crise", argumentou o meu pequeno economista. Com esta resposta a cableireira desatou a rir e ele, muito ofendido, olhou para ela e disse "Qual é a graça? Não tem graça nenhuma. Estar em crise significa não ter dinheiro".
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por Princesa das estrelas
Eu bem sei que o meu filho não é melhor que os outros miúdos da idade dele apesar de todas as mães, assim como eu, terem aquela secreta certeza que o seu é ligeiramente melhor que os outros: mais esperto, mais bonito, com o narizinho mais perfeito ou o sorriso mais matreiro. Eu sei que, lá no fundo, ele é apenas um miúdo de 4 anos como todos os outros. Mas assim como tem comportamentos-padrão que fazem dele um igual aos outros, também têm características únicas que o tornam singular.
No passado sábado, depois de uma semana em casa por causa da maldita escarlatina, fomos ao cabeleireiro. Digamos que o cabelço do Henrique já não estava coisa que se apresentasse na escola. E, enquanto ele estava sentada na sua cadeira especial em amena cavaqueira com a cabeleireira, esta pergunta-lhe "Henrique e já pediu as prendas ao Pai Natal?""sim, pedi uma, o camião Mac Faísca", respondeu ele. "Só uma?" indagou a cabeleireira. "Sim, só uma. Estamos em crise", argumentou o meu pequeno economista. Com esta resposta a cableireira desatou a rir e ele, muito ofendido, olhou para ela e disse "Qual é a graça? Não tem graça nenhuma. Estar em crise significa não ter dinheiro".
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