Depois de um dia mau pode haver um céu estrelado. O meu reino.
por Princesa das estrelas

Vejo esta imagem e não consigo evitar as lágrimas. E as minhas lágrimas, embora muitas, de nada servem a estas crianças que choram a morte dos pais, em casa.
Pergunto-me: no que se tornarão estas crianças, agora órfãs, quando forem adultas? Que tipo de sentimentos lhes enchem os peitos apertados de tanta dor?
De cada vez que vejo uma imagem destas, desta guerra tão estúpida e desigual, perco um pouco mais de confiança no ser humano.
Autoria e outros dados (tags, etc)
por Princesa das estrelas
ou ufa, nem acredito que já estou de férias.
Pois, é verdade. Estou de férias, dentro de 48h estarei no sofá da minha sogra, no Funchal, a borregar frente à televisão e a preparar-me para dormir. Mas esta realidade ainda me parece muito distante. Hoje foi um dia muito preenchido, envolto em grandes mudanças e muitas notícias, nem todas agradáveis. Os assuntos do trabalho lá ficarão, a marinar até ao meu regresso. Mas deixo aqui o que se passou com a minha mãe e que é uma daquelas situações que Para quem não conhece a minha mãe, ela é das pessoas mais sérias que eu conheço, incapaz de ficar com troco a mais, incapaz de passar à frente de alguém numa fila... uma pessoa mesmo muito séria e honesta. Em meados de Junho ela entrou num autocarro da Carris vinda do comboio, cheia de malas e, por várias vezes, tentou validar o seu título de transporte. Expressou essa dificuldade ao motorista que nada lhe disse e, em seguida, foi pousar as malas para voltar a tentar validar o bilhete. Na paragem a seguir entram três revisores da carris e ela dirige-se a um deles dizendo que estava a tentar validar o bilhete, que não consegui mas que tinha a certeza que o bilhete tinha dinheiro. O senhor colocou o bilhete na sua maquineta de revisor e disse que realmente o bilhete tinha dinheiro. E começou a pedir o b.i. à minha mãe e a morada. Ela, que em tantas ocasiões me surpreende com a sua esperteza, desta vez foi bastante ingénua e achou que o senhor lhe estava a passar uma guia para que pudesse trocar o seu bilhete por um novo. E lá continuou, sem bem a conheço, na conversa com o revisor, a dizer que tinha mais autocarros para apanhar e que tinha medo de voltar a ter o mesmo problema com o bilhete, ao que o tal fiscal simpático lhe disse para não se preocupar, que com aquele papel poderia entrar em qualquer autocarro. E a minha mãe, acreditou nele e ainda assinou o que ele lhe pediu para assinar sem sequer o questionar. Resultado: ao entrar no autocarro seguinte, quando exibiu o papel que lhe tinham dado, foi informada pelo motorista de que tinha em mãos ums multa de 114 euros para pagar.
Escusado será dizer que ficou para morrer; escusado será dizer que se fartou de chorar; escusado será dizer que fizemos uma exposição ao provedor do utente. Mas a carris está-se a borrifar para a minha mãe e hoje lá chegou a casa dela a cartinha que dizia que o pedido dela não tinha sido aceite. E que ela não tiha testemunhas! Claro que não! Ela não sabia que estava a ser multada, como é que se havia de preocupar com testemunhas? Aliás, o revisor nem se identificou, apenas assinou a multa com o seu número profissional. E quando, hoje, a minha mãe pediu o nome dele para poder fazer uma queixa formal à carris, foi-lhe dito quesó fariam isso com ordem do tribunal... acho isto verdadeiramente inacreditável e algo me die que amanhã irei desenhar o número desse senhor no livro de reclamações daquela chafarica.
Mas acho inacreditável que as coisas passem assim,impunes.
Gostava de poder levar esta reclamação a uma outra instância, mas já percebi que é impossível...
Autoria e outros dados (tags, etc)