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Depois de um dia mau pode haver um céu estrelado. O meu reino.
Acaba hoje a praia/campo do Henrique. Há muito que não o via tão contente e tão tranquilo. Anda entusiasmado não só com a praia, mas também com todas as actividades que faz durante as tarde e, mais do que tudo - desconfio - com a novela da vida real, como ele diz. Sim, a novela da vida real, os namoros, os desencontros amorosos, a menina que hoje gosta deste e amanhã daquele; o menino que anda triste porque a menina já não gosta dele; a monitora que é casamenteira...
Ando tão contente de o ver assim que me dá pena que hoje seja o último dia. De manhã lá foi, de pijama, como manda a tradição, para dar o seu último mergulho com os amigos. À tarde vai ao navio escola Sagres e imagino que venha de lá super entusiasmado.
Numa altura em que temos tantos motivos de queixa de tudo o que é público ou de alguma forma sob a tutela do Estado, acho importante que se enalteça o que de bom é feito. A praia/campo é uma coisa espantosa. Em miúda fui muitos anos e cheguei mesmo a ser monitora, mas não fazia ideia que ainda se mantinha. Numa altura em que se corta em tudo achei que esta iniciativa já tinha ido à vida. Mas não. Continua. E é uma oportunidade única para os miúdos, que convivem com crianças de todos os tipos, que visitam museus, que fazem actividades que muitas vezes não poderiam fazer com os pais e é também uma oportunidade para os pais entreterem as crianças sem pagar os balúrdios que os ATL de Verão pedem.
Se não acabar entretanto, para o ano lá estaremos!
Avizinha-se um ano difícil para o Henrique: vai mudar de escola (ainda não sabemos para qual) e vai para o quinto ano (muitos professores, muitas matérias, novos colegas). Apesar de ser um miúdo bastante social e bem disposto, o meu filho não costuma reagir muito bem a estas mudanças. A sua necessidade de ser aceite pelo grupo normalmente leva-o a fazer asneiras.
Mas o Henrique está a crescer e, se por um lado isso me entristece (porque está a ficar um parvo do pior), por outro lado é uma grande vantagem porque ele começa a perceber, finalmente, o que deve e o que não deve fazer.
Mas estas são questões para Setembro. Para já, ele está a curtir o seu 5 a Português e a Estudo do Meio e o seu 4 a Matemática.
E apesar de eu saber que ele vai ser sempre um preguiçoso em potência, fico feliz por vê-lo a divertir-se e sei que, de alguma forma, ele absorve o que lhe ensino todos os dias.
Agora que já passou a festa da Alice começou a contagem decrescente para a do Henrique. No caso dele já escolhi o local: a piscina do Atlético. É um sítio muito porreiro para fazer festas de aniversario e tem a vantagem de não ser muito caro. Foi lá que fizemos a festa dele no ano passado e gostou tanto que vamos repetir. Vai ter piscina, futebol e jogos tradicionais. Já imprimi os convites e já os começámos a entregar. Mas falta o presente... Ainda não comprei. Aliás, não faço ideia do que lhe devo comprar... Vou ter de tirar umas horas à tarde de amanhã para ir à procura. Do presente dele e do de mais dois amigos que também fazem anos. Entre lançamento de um livro, ida à feira para aço,panhar autores e festas de aniversario, vou ter um daqueles fins de semana... Socorro.
Ontem o dia acabou no hospital. O Henrique magoou-se no treino de futebol e o fisioterapeuta achou por bem que o levássems ao hospital.
O pai tinha de ir trabalhar, a irmã já dormia, a única solução era chamar a minha mãe que (graças a Deus) já tinha vindo para Lisboa. Mas deixou o carro em Marco de Canaves e por isso não tinha como ir para minha casa às 21h30. Toca de chamar um táxi. Liguei para a Autocoope que é o número que tenho gravado no meu telemóvel. Que não, que a minha mãe mora fora de Lisboa (mora 500 metros fora de Lisboa) e que ia ser difícil que um táxi respondesse à chamada. E assim foi. 10 minutos à espera e nada feito. Liguei para os táxis de Sacavém... também nada, nem atenderam. O meu irmão estava a trabalhar... uma coisa tão simples estava-me a dar cabo dos nervos. E foi aí que me lembrei de ligar à minha ex-cunhada para me fazer o favor... e assim foi. Ela, querida como sempre foi para os meus filhos, apareceu com a minha mãe e ainda me trouxe o meu sobrinho mais velho para eu lhe dar umas beijocas. Como se não bastasse o favor, deixou-me no hospital (obrigada querida Paula, por seres boa tia). E lá ficámos... o ortopedista não estava e por isso esperámos uma hora por ele. Mas foi prestável. Ainda encontrámos lá um médico que mora no nosso prédio e que é um amor para o Henrique. O meu filho cumpriu um sonho antigo: andar num hospital de cadeira de rodas, e eu, bem eu andava estilo zombie, só queria dormir.
Não há nada partido, apenas dorido e talvez uma bursite (raio de nome...). Mas vai ter de ficar duas semanas sem praticar desporto... logo agora que tem 4 festas de aniversário nos próximos dias... já para não falar do aniversário dele que é dia 12.