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Depois de um dia mau pode haver um céu estrelado. O meu reino.
A semana passada, quando estive no Alentejo em casa de amigos, tive a oportunidade de trocar ideias de costura com a Rita. A Rita é cunhada da minha amiga (dona da casa) e é assim uma expert em costura. Faz montes de coisas giras para o filho, para a casa e é super croma em patchwork. Foi uma cvonversa bastante engraçada. Deu-me imensas dicas e ensinou-me uma coisa espectacular: como fazer costura à francesa. Já não bastava o french kiss eles também têm uma costura especial. E a mim dá-me um jeitaço porque a minha máquina tem assim estilo 70 anos e só cose a direito.
Ontem, no meio da loucura das arrumações, ainda tive tempo para fazer uma saia nova para a Alice, desta feita com a tal costura francesa. E ficou um amor. Vai ficar uma fofa com o tapa fraldas igual!
Aqui está ela, a fofa mais fofa, a experimentar o vison que lhe comprei na feira de Estremoz e o último tapa fraldas que lhe costurei.
São assim os nossos pequenos almoços de Agosto.
Ela deu os primeiros passos. sozinha, sem apoio. Que emoção. É tão engraçado ver como vivemos tudo de novo mas com a intensidade do primeiro filho. E eu que pensei que isso não era possível. Estava tão mas tão enganada...
Ontem lancei-me num no projecto: uma saia para a fofita Alice. E, não é para me gabar, mas ficou bem catita. Podia ter ficado melhor se a minha máquina não se tivesse passado da marmita. Tinha uma fita de viés linda, para fazer a bainha, mas o raio da máquina não quis coser a fita....encravou umas 10 vezes e com ela a minha paciência. Aqui ficao resultado da primeira saia.
P.S. Entretanto já percebi porque é que a máquina de costura se passou: estava com a agulha errada... o material tem sempre razão, essa é que é essa.
Quando a Alice fez anos a minha amiga Lina deu-lhe uma caixinha com um cartão presente da Zara. Confesso que na altura fiquei um bocadinho triste, o que é parvo, percebo. Mas o que pensei foi, "ela é das minhas amigas mais antigas e não escolheu uma coisa para a Alice?" Achei impessoal.
Mas ela, sábia e mãe de três, vendo a minha expressão de desgosto disse-me logo: ainda me vais agradecer quando fores aos saldos e veres quantoas coisas podes comprar.
E assim foi, minha amiga. Com o teu cartão prenda e mais 3 euros vim de saca cheia, ou quase. Vê lá como a Alice vai ficar fofa.
A Alice continua a crescer, fofa e bem disposta. Adora o mano, ri-se de todas as parvoíces que ele faz. Adora dizer olá a toda a gente. Já sabe onde fica a cabeça, a boca, a língua e o nariz ( ainda andamos a treinar os olhos e as orelhas). Adora comer, mesmo. Tudo. É uma devoradora de comida. Ri-se e dá aos bracinhos quando lhe damos comida. Chora de sentida se chegamos a casa e não vamos logo dar-lhe as boas tardes e um beijo. É assim, a nossa bebé, há um ano a animar a nossa vida.
Faz hoje um ano, mais ou menos a esta hora, que passei a ser uma pessoa mais completa, mais feliz. Faz hoje um ano, mais ou menos a esta hora, que entraste nas nossas vidas e nos provaste que é sempre possível amar mais e ser mais feliz. Faz hoje um ano, mais ou menos a esta hora, que te olhei pela primeira vez, tu muito pequenina e apressadinha (decidiste nascer antes das 36 semanas) mas muito fofinha. Faz hoje um ano, mais ou menos por esta hora, que vencemos os medos, as estatísticas e probabilidades. O teu nascimento, Alice, veio provar que há coisas que estão destinadas acontecer.
Um dia saberás que a mãe não deveria estar aqui para escrever estas coisas, e que tu (tivesse eu dado ouvidos à maioria dos médicos), também não devias existir. Mas nós somos assim, teimosos. E graças à nossa teimosia e ao nosso amor tu estás aqui para nos fazeres mais felizes.
Faz hoje um ano que tudo ficou ainda melhor.
Faz hoje um ano o meu querido Jorge Simão foi a nossa casa fotografar-nos. Andávamos há meses a combinar as fotos da barriga e acabávamos por nunca o fazer. Até que lhe disse "Simão qualquer dia a miúda nasce". E marcámos na hora. E em boa hora, porque menos de 24 horas depois eu estava na maternidade. Foi assim, há precisamente um ano. E já estou cheia de saudades.