Depois de um dia mau pode haver um céu estrelado. O meu reino.
por Princesa das estrelas
E sinto-me aliviada.
Com o fim deste mês vai-se o dia do pai e passa-se o aniversário do meu pai. Foi ontem, dia 28, que, nos 33 anos da minha existência pela primeira vez passei pelo seu aniversário sem o ter.
Desde que o meu pai morreu que não voltei ao cemitério onde está sepultado. Este fim-de-semana achei que era tempo de enfrentar a realidade e fui até Marco de Canaveses. Eu e a minha mãe. E foi horrível chegar aquele jazigo e imaginar-te lá, pai. Sem a tua fotografia e sem qualquer lápide tornou-se menos penoso. Pude fingir, durante instantes, que estava ali apenas para ver o avô ou a bisavó. Mas foi só durante um instante. Passados esses segundos iniciais pude fechar os olhos e ver-te descer à terra naquele caixão castanho claro. Ontem parei de fingir que ainda estavas na clínica à espera da minha visita. Ontem não houve bolo de aniversário, nem prenda, nem parabéns a você. Houve lágrimas e muitas saudades
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4 comentários
Um abraço forte, forte, forte...
De gata a 31.03.2009 às 12:10
Amiga, amanhã de manhã vou lá à tua chafarica. Sou capaz de te dar um toque só para te dizer olá, o que te parece? beijoooooooos
De Anónimo a 01.04.2009 às 17:39
Estranho, tão estranhas as coincidências da vida! O meu irmão, de quem já aqui falei em tempos a propósito de um post sobre a morte do seu pai, também fazia anos no mesmo dia 28. O coração fica mais apertado, o dia é diferente pelas piores razões, a saudade torna-se quase palpável.
Lembrá-los no riso, na alegria, na partilha de tantas histórias, é a melhor homenagem que lhes podemos fazer. E olhar os "vivos" à nossa volta, os outros que amamos e que temos connosco. Saboreá-los. Viver a felicidade que quem parte nos deseja.
Força, muita força.
Com um beijinho da
Susana
PS: desculpe a ousadia...