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Depois de um dia mau pode haver um céu estrelado. O meu reino.
Hoje fui buscá-la a casa da minha mãe. Apertei-a tanto, coitadinha da minha pipoquinha, que até reclamou. Trouxe-a para casa, a minha empregada quase que chorava quando a viu. "Que grande que está" - disse-me. Ela só esteve fora de casa 48 horas... Chegou a casa, foi direitnha ao quarto dela tocar no seu pianinho. Brincou muito, dormiu ainda mais. E está reposta a normalidade cá em casa.
Ela com escarlatina; ele com doença das mãos, pés, boca; eu a rebentar pelas costuras com o cansaço... vale-me o reality show do momento.
E nos com o comando da box avariado. Foi um momento lixado.
E eu nem tempo tenho para me coçar. Este fim-de-semana foi um corropio, com muito trabalho à mistura. Não deu para nada. Desculpa lá, José Sócrates, mas o que mais me preocupou este fim de semana foi mesmo não ter tido tempo para brincar com os meus filhos... Amanhã voltarei/p>
Hoje deu-me para pensar nisto, em como a vida pode ser maravilhosamente imprevisível e fintar-nos, surpreender-nos, mostrar-nos que nem tudo é mau, nem triste, nem cinzento. No fundo, que há muita coisa linda e maravilhosa aí à nossa espera. Talvez não seja alheio a este meu pensamento o facto de se ter comemorado o dia da prematuridade e das televisões terem sido inudadas de reportagens com bebés que nasceram prematuros. E depois também houve a morte da bebé Margarida e aquela imagem do desespero dos pais com a sua bebé ao colo... Tão triste, tão comovente. Nada parece fazer sentido quando vemos uma coisa assim: a morte de um filho... caraças. Talvez por isso tenha decidido pensar em casos opostos. Quando tudo parece que vai correr mal e... corre bem, lindamente até. Tenho o meu caso pessoal. E nem vale a pena escrever muito mais sobre este assunto. Eu devia ter morrido. Essa é que é essa. A mais pura e dura das verdades. Não devia andar aqui, devia estar a servir de adubo. Mas não estou e esta segunda chance, esta imprevisibilidade não deve ser descurada. Pelo contrário, deve ser apreciada e festejada. Mas escrevo sobre isto porque recentemente me lembrei de mais dois casos em que tudo correu bem quando tinha tudo para correr mal. Aconteceu isso com a Raquel, uma amiga que teve duas gémeas prematuras e que antes disso teve de ir a Londres fazer um procedimento cirurgico complicadíssimo para que fosse viável a sobrevivência das suas bebés. A coisa era mesmo muito complicada e a probabilidade de uma delas não sobreviver era alta. Mas elas contrariaram tudo, nasceram minúsculas, muito muito pequeninas e frágeis mas hoje são lindas, saudáveis e felizes. E eu sinto sempre um sopro de alegria no coração de cada vez que ela publica uma foto das suas princesas, ou transcreve uma das suas conversas. Comovo-me sempre. E depois a minha pessimista de serviço. Também aqui o susto foi grande. No início da gravidez não se via nada, parecia não haver bebé. Mas, uma vez mais, as estrelas alinharam-se, caraças, e ele nsceu lindo e saudável. Em dias tristes, em momentos maus (e eu sei que há muitos) e importante pensar nas Raqueis e nas Sónias desta vida, nas pessoas que contrariam as estatísticas e que dão corpo à expressão "milagre da vida". Porque há momentos em que ela é mesmo um milagre, que se deve celebrar.
Eu gosto do Natal. A sério que gosto. Das iluminações na rua, dos dias frios, da árvore de Natal, dos enfeites espalhados pela casa, dos Cd's com músicas de Natal que a dia 1 de Dezembro ganham nova vida... gosto disso tudo. e mais ainda de ter a família reunida, de pensar o que vamos comer, de receber amigos, de jantares com gargalhadas e regados com bom vinho... e as crianças. O brilho nos olhos delas quando abrem as prendas... Mas não sei o que se passa comigo que ainda não comprei uma prenda, nem sequer pensei nisso e, para confessar, não estou com muita vontade de o fazer. Parece que é tudo muito lindo mas fora da minha casa. É como se o espírito de Natal ainda não tivesse chegado a minha casa. Estivesse ali, à porta d prédio a pedr licença para entrar. Mas eu ainda não a dei...
Novembro, frio, muito trabalho... e febre. A Alice está com febre. Não é nada de grave, de certeza. Ela continua bem disposta como sempre. sorridente, fladora (lá na língua dela, mas faladora). Mas anda ali bichinho.
Este domingo decidi dedicar algum tempo a mim. Já andava há mais de um ano para me inscrever num dos workshops da Maria Modista. Muito por causa do livro que fizemos na editora, confesso. Mas acabava sempre por adiar. Custava-me a ideia de abdicar de um dia do fim de semana com os miúdos. Mas quando acabámos a produção do livro inscrevi-me no workshop de capas. A ideia era fazer uma para mim, ver todos os truques e dificuldades, e trazer o molde de uma pequenina para fazer para a Alice. E assim foi. Confesso que foi mais trabalhoso do que eu pensava. Fazer uma capa forrada é como fazer duas, na verdade, porque temos de repetir todos os procedimentos. No sábado de manhã levei a Alice à Feira dos Tecidos, escolhi a fazenda e o pêlo para mim é para ela e no domingo lá aparecei, às 10h30, para um dia de costura. E fiz tudo, desde copiar o molde para o papel, até à montagem da capa. Exçepcao feita à mola, que foi a professora Célia que coseu. Aqui ficam as diferentes fases e o resultado final. Fiquei mesmo orgulhosa de mim, caraças!
Hoje aconteceu uma daquelas coisas que não é suposto: sobreviver a um filho. Mesmo sendo uma grande prematura e com poucas possibilidades de sobreviver, todos tínhamos a esperança de que a Margarida fosse mais um daqueles casos de sucesso que, daqui a uns anos, viraria reportagem. Infelizmente, a pequena Margaridanao sobreviveu. Que dia triste. Os meus pensamentos estão com os pais, a tantos milhares de quilómetros de distância de um abraço amigo, de um conforto por esta perda tão grande.
esta é a última vez que pago algo por alguém e que pago uma merda de uma multa!
Dias a correr e cheios de imprevistos. Ainda não fui ver quem deveria. Hoje tive um pequeno imprevisto ao fim da tarde. O susto foi tal que fiquei sem pingo de sangue... Não passou de um susto, mas foi mais uma viagem no carrossel da vida. Chiça.
É tema recorrente entre mães. Estamos a fazer o que é suposto? Ralhamos demasiado? Esperamos demais dos nossos filhos? Somos demasiado exigentes? Ou será o contrário e estamos a criar crianças pouco exigentes, pouco resilientes, pouco autónomas? Pouco preparadas para o mundo e para a vida? A vida mudou, as coisas não são como há 30 anos atrás. Será legítimo que eu queira que o meu filho aprenda a estudar? E que tenha iniciativa para fazer os trabalhos de casa? Devo deixá-lo por sua conta, uma coisa do género, "não te vou dizer nada, não te vou dizer para fazeres os trabalhos de casa e depois, se não os fizeres, o problema é teu e se não estudares e tiveres má nota o problema também é teu."? Devo ajudá-lo a ganhar essa autonomia e pelo caminho chateio-me 350 vezes com ele e berro umas 250 vezes mas ele vai aprendendo a fazer os trabalhos e a criar rotinas. Eu oiço muitas opiniões de vários amigos: uns com uma teoria formidável, mas sem filhos, outros com miúdos pequenos e ainda longe destes problemas, outros muito liberais mas que têm na outro progenitor um polícia que não deixa a coisa descarrilar completamente... Eu não tenho respostas, só perguntas... E a minha experiência enquanto filha e enquanto mãe. E a verdade é que me vejo mais como a mãe que ajuda a criar autonomia, mas ajuda, do que aquela que está num estado zen do seu desenvolvimento pessoal e que consegue não stressar com a irresponsabilidade do filho ao não fazer os tpc e ao não estudar. E pelo meio vou fazendo asneira, gritando,dando umas belinhas e outras coisas que tais. Mas vou tentando que ele seja mais responsável. Estou a fazer a coisa certa? Não sei. Mas o caminho faz-se caminhando, certo? E eu vou percorrendo o meu.
Como é possível que goste tanto do meu Benfica e tão pouco do seu treinador?
Devia estar a abanar o capacete no teu concerto. Devia, mas não estou. É que eu não tenho a tua idade. E tenho dois filhos, e um pé completamente empanado e que começou a doer para caraças ao fim da tarde, depois de ter feito a meia maratona para comprar umas prendas para uma amiga que teve hoje o seu quarto filho. Por todas estas coisas, e também porque tenho um guarda-chuva que deixa passar chuva e por isso estou com uma bela dor de garganta, estou no sofá, a beber um chazinho e a preparar-me para ir para a cama. Não te zangues, mas temos tempos diferentes. Fica para a próxima, sim?
Hoje é um dia especial. Temos mais um bebé neste mundo de doidos! Parabéns aos pais e aos manos!
é uma frase feita, mas é verdade verdadinha. Eu tenho os meus amuos com a minha mãe, nem sempre tenho paciência para ela, ela nem sempre tem paciênciapara os miúdos... mas faz-me tanta falta a ajuda dela. Ontem ficou lá em casa, hoje vai voltar a ficar... e o jeito que me dá? Durmo mais, estou mais descansada, a Alice está feliz da vida com a «bobo» lá por casa; não tenho de pensar em almoços nem em jantares... obrigada querida mãe, és mesmo a maior.