Princesa das Estrelas

Eu não gosto de ver a Alice com a fralda à mostra. Confesso que não acho muita piada a ver uma menina muito fofinha e bem vestida e tal, e depois senta-se e vem de lá a Dodot em todo o seu esplendor... Não gosto. Acresce a isto que a nossa Alice adora tirar a fralda. Basta um descuido, por exemplo, deitá-la sem um body ou um tapa fraldas, para que ela arranque a dita cuja. A semana passada a minha empregada teve a surpresa da vida dela. Quando foi buscar a Alice depois da sesta deparou-se com um berço cheio de coco. E uma bebé também... Por isso comecei à procura de tapa fraldas. As grandes lojas tipo zara, H&M não têm, e as pequenas lojistas que aos vendem cobram os olhos da cara. Isto par a não falar daqueles que até tenho medo de lhes tocar, tantos são os botões, laços, folhos e bordados... Menos, pelase. Vai daí decidi pegar na máquina de costura da avó, ir à net à procura de um molde e aventurar-me. Fiz um de teste, o das florzinhas, que parece muito lindo mas é engano da foto; depois fiz um cor de rosa que não está aqui e hoje terminei este, com um folho aos corações. Estão longe de estar perfeitos, mas da-me tanto gozo vê-la com uma coisa que fiz. Agora vamos ver o que se segue. Para já mais um ou dois tapa fraldas. E depois.... Bem depois o céu é o limite!

Muito stresse no trabalho. Descobertas na costura (juro que ainda hoje mostro as fotos), baby Alice a fazer das suas, Henrique a viver a sua primeira praia-campo, amiga de repouso por causa de útero saturado... Tanta mas tanta coisa se passou nesta semana... Prometo que vou tentar contar, partilhar, exorcizar.... Mas mais logo que estou muito cansada. Inte

Não te passes, pode ser? Não o meu, que está sossegadito, mas o da minha amiga Sónia. Sei que estás cansado, queres expulsar o teu inquilino, não aguentas tantas costuras e peso. Mas, meu, vais ter de esperar. Lamento. Pelo menos mais uma seis semanas, pode ser?
Agradecida

Estou tão cansada que ontem, enquanto visitava uma amiga internada, lhe disse: "precisava disto: dois dias internada e sem direito a visitas."

Ontem o Henrique chegou de Março de Canaveses. Vinha feliz, com um sorriso maravilhoso, e com novidades. Dos amigos que fez, dos jogos que jogou e das descobertas que fez. Sim. As descobertas do sótão. A minha mãe andou no sótão, encontrou testes meus, objectos, pequenas coisas do meu passado que estavam guardadas, quase perdidas. Uma delas foi este saco, feito de uma saia de ganga que já não me servia.
Lembro-me tão bem dele... Quando a minha mãe mo mostrou não consegui evitar as lágrimas. Aquele I, desenhado e bordado pelo meu pai, trouxe-me tantas memórias... E saudades também.

Sou só eu ou o preço dos livros escolares é um verdadeiro assalto à mão armada??? Irra! 170 euros de livros para o 5.º ano? E ainda me queriam impingir uns CD's. Não consigo perceber que, se as orientações do ministério da educação são para que se deixe de escrever nos manuais, e as editoras aproveitaram a boleia para nos impingir livros de actividades de tudo e mais um par de botas, porque é que continuam a deixar espaços para se responder nos manuais. Quer dizer, na verdade até sei porquê. É para os miúdos escreverem neles e assim os inutilizarem. Desta forma fica garantido que são menos os livros que pasam de mão em mão e mais o dinheiro amealhado pelas editoras.

Para quem não sabe, eu trabalho na área editorial, mas o negócio do livro escolar é algo que me provoca azia... Se o Nuno Crato se preocupasse mais com isto e menos com outros assuntos, talvez a coisa corresse melhor.

 A minha afilhada fez quatro anos esta quinta-feira. A minha afilhada é uma princesa, que anda em pontas, que fala como se vivesse num mundo encantado, que dá beijinhos doces e que se preocupa com os outros. A minha afilhada é uma verdadeira princesa, querida que só ela.

Até há pouco tempo não conseguia perceber porque tinha sido convidada para ser sua madrinha. Não me interpretem mal: eu fiquei muito feliz e gosto muito das três filhas da minha amiga Lina. Mas não conseguia perceber porquê a Teresa e não uma das outras duas. Como foi possível eu achar que era indiferente? Que podia ser qualquer uma das três? Não. Estava escrito nas estrelas que esta era a minha princesa afilhada. E estou cada vez mais contente de ter esta estrelinha pirosa e vaidosa no meu caminho.