por Princesa das estrelas
Eu sou contra cortes cegos. Aqueles em nós somos apenas números, em que não temos cara, passado, vida... nada. Somos apenas um número para a estatística.
Acontece o mesmo, por exemplo, com o encerramento de escolas. Todas as escolas com menos de não sei quantos meninos têm de fechar e estes passam a estar inseridos em mega agrupamentos, escolas grandes, por vezes a mais de uma vintena de quilómetros da sua residência.
Esta notícia já de si é absurda. Porque se é verdade que em alguns casos faz sentido fechar escolas básicas a cair aos pedaços, com falta de condições para acolher as crianças, com falta sistemática de professores, não é menos verdade que fechar certas escolas, mesmo que estas só tenham 30 alunos, é um verdadeiro atentado. Porque nem sempre o que e grande é bom. Porque ter turmas com mais de 20 alunos não é bom para ninguém- as crianças não aprendem tão bem, os professores ficam esgotados e não conseguem dar o mesmo acompanhamento a todos -.
É olhar apenas para o número sem ter em consideração o resto. E esse resto pode ser determinante.
E porque há outras vezes então, em que acontecem pérolas
destas: fecham-se escolas que tinham sido distinguidas pelo seu funcionamento e mandam-se as crianças para os tais mega agrupamentos onde nem sequer há internet. Dá vontade de rir, não dá? Deve serpor estas e por outras que o nosso Primeiro, apesar de tanto gostar da qualidade do ensino público em Portugal, mantem os seus dois filhos em escolas privadas.