Depois de um dia mau pode haver um céu estrelado. O meu reino.
por Princesa das estrelas
Olho para o que aqui escrevi da última vez e nem sei o que sinto... raiva, tristeza, angústia, desespero, descrença...
Depois das melhoras iniciais o meu pai começou a piorar.. febre, inchaço... voltou aos cuidados intensivos e, mais uma vez, para morrer.
O médico que o operou sempre a dizer que ele estava estável. A minha mãe, no entanto, via-o mirrar de dia para dia e todos os outros médicos lhe diziam que o meu pai estava muito mal.
Da última vez que o meu pai falou com a minha mãe disse-lhe que não queria ficar em Espanha, adivinhado já a sua morte. Uma septicemai....
Uma vez mais a família entrou em acção: trouxemo-lo para Portugal, onde chegou na sexta-feira à noite.
E qual não foi o nosso espanto quando nos disseram que o meu pai tinha três feridas (escaras, úlceras, chamem-lhe o que quiserem) de maus cuidados de enfermagem (nunca o viraram ou limparam apesar de estar numa unidade de cuidados intensivos) e quando, depois de lhe destaparem o penso da operação, nos terem dito que a cirurgia não tnha corrido tão bem como tinham dito... neste momento, voltámos à estaca zero. O meu pai está novamente numa unidade de cuidados intensivos em isolamento, pior do que alguma vez esteve. Não sabemos o que dará para aproveitar da cirurgia que fez (se é que se pode aproveitar alguma coisa) e com esta brincadeira, gastámos 15 mil contos. Nós que não somos uma família rica, apenas uma família unida.
E o que dizer ou fazer perante isto? Tudo o que pode correr mal com o meu pai corre e tudo o que poderia correr bem, não corre.
E no meio disto tudo pergunto-me muitas vezes porque é que ele simplesmente não se deixa ir, não deixa de lutar por uma vida tão reles.
Autoria e outros dados (tags, etc)
por Princesa das estrelas
Olho para o que aqui escrevi da última vez e nem sei o que sinto... raiva, tristeza, angústia, desespero, descrença...
Depois das melhoras iniciais o meu pai começou a piorar.. febre, inchaço... voltou aos cuidados intensivos e, mais uma vez, para morrer.
O médico que o operou sempre a dizer que ele estava estável. A minha mãe, no entanto, via-o mirrar de dia para dia e todos os outros médicos lhe diziam que o meu pai estava muito mal.
Da última vez que o meu pai falou com a minha mãe disse-lhe que não queria ficar em Espanha, adivinhado já a sua morte. Uma septicemai....
Uma vez mais a família entrou em acção: trouxemo-lo para Portugal, onde chegou na sexta-feira à noite.
E qual não foi o nosso espanto quando nos disseram que o meu pai tinha três feridas (escaras, úlceras, chamem-lhe o que quiserem) de maus cuidados de enfermagem (nunca o viraram ou limparam apesar de estar numa unidade de cuidados intensivos) e quando, depois de lhe destaparem o penso da operação, nos terem dito que a cirurgia não tnha corrido tão bem como tinham dito... neste momento, voltámos à estaca zero. O meu pai está novamente numa unidade de cuidados intensivos em isolamento, pior do que alguma vez esteve. Não sabemos o que dará para aproveitar da cirurgia que fez (se é que se pode aproveitar alguma coisa) e com esta brincadeira, gastámos 15 mil contos. Nós que não somos uma família rica, apenas uma família unida.
E o que dizer ou fazer perante isto? Tudo o que pode correr mal com o meu pai corre e tudo o que poderia correr bem, não corre.
E no meio disto tudo pergunto-me muitas vezes porque é que ele simplesmente não se deixa ir, não deixa de lutar por uma vida tão reles.
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