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Depois de um dia mau pode haver um céu estrelado. O meu reino.
Já é oficialmente quinta-feira e ainda não corri esta semana. Deita-te rato do esgoto para ver se acordas cedo. Pelo menos cedo o suficiente para correr 5km.
Há dias assim, em que tudo é posto em causa; em que parece que cada avanço é seguido de um recuo um pouco maior. Há dias assim, que nos desgastam, que nos colocam à prova, que nos deixam entre o triste, o estupefacto e o revoltado. Esses dias não têm de ser necessariamente maus. São apenas etapas para o resto da nossa vida. Mas são lixados e deixam-nos a cabeça em água. Pode ser que amanhã ou depois eu já esteja na fase zen em que tudo volta a fazer sentido. Neste momento, bem neste momento dava uns valentes murros num saco de boxe.
Hoje parei neste vídeo e pensei: "Que grande mulher! É preciso tê-los no sítio para fazer o que ela fez". Esta é a prova que os miúdos, os nossos miúdos que educamos com tanto esforço, às vezes fazem cenas que não nos passam pela cabeça. Que nunca nos doam as mãos!
Mas porque raio não pode a Anatomia de Grey continuar aborrecida com pessoas que se amam e que são estupidamente felizes? A sério, senhora dona Shonda Rhimes, eu estava apaziguada com esta minha relação. Não acontecia nada de realmente emocionante, mas estávamos felizes. Eu e a Anatomia. Havia drama suficiente (a perda do bebé do Avery) amor no ar, animação qb para uma mãe trabalhadora. Eu não precisava de mais uma morte arrebatadora. A sério que não. Não me importa que o ator seja uma diva, ou que se queira ir embora. O que eu tenho para dizer é que não estou preparada para mais uma morte. Não quero, ok? Ele e a Meredith até podem andar a cabeçada que eu não me importo. Mas morrer? Para salvar outros? Parem lá com esta merda! Eu só quero a minha série de volta. Pode ser? Obrigada.
Ontem fui chamada a defender uma amiga. Esta minha amiga foi injustificadamente acusada de difamação. Esta minha amiga é boa pessoa, genuinamente. É generosa, é bem formada, é boa pessoa como há poucas... Infelizmente tem um lado público. Que gera muita inveja. Ontem estavam lá várias pessoas capazes de a defender da melhor forma, mas esta minha amiga não se quis desgastar mais, não quis arrastar uma situação, por mais injustificada que fosse. Decidiu antecipar o fim do que poderia ser um processo chato e longo. E eu fiquei tão revoltada. Não me chateei com ela, como é óbvio, mas com a situação. Porque é injusto. Como se ela estivesse a assumir culpa por algo que não fez. E isso deixa-me fora de mim...
> > Algo me diz que estas asas/chamas compradas na Bazar Chiado foram uma ajuda preciosa na minha performance.
A ideia era ir a Madrid fazer os 10km na maratona. Seriam os meus primeiros 10km. Depois inscrevi o marido. Depois convenci a amiga a ir. Depois houve uma amiga que se juntou só pelo passeio. Havia ainda a amiga que me tinha convencido a mim... No final das contas éramos 12. Só três não participaram hoje na corrida. 4 nos 10km, 2 na meia maratona e 4 na maratona. Foi uma emoção. Como, entretanto, fiz a corrida do Benfica, acabou por ser a minha segunda corrida de 10km no espaço de uma semana. E, espantem-se, apesar de estar meio adoentada, consegui melhorar o tempo da semana passada. Sinto-me uma campeã. Não foi nada de extraordinário para a maioria dos meus amigos que correram. Mas para mim foi mega! É o triunfo da vontade, da resiliência. A juntar à experiência da corrida, um fim-de-semana com amigos, muitos sorrisos, muitas tapas, muitos passeios, arte da boa... Foi mesmo espetacular. Estou mortinha para repetir!<
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Ando com falta de ar... Que é coisa que não se via deste lado há uns bons anos, pelo menos desde a gravidez do Henrique. Ainda assim, e depois de ter lido o Post da minha amiga Lina, ontem decidi levantar o rabo da cama e fazer uma corrida de 5km. Senti-me sem ar. Não tive dores nas pernas, nem no joelho, nem sequer dor de burro. Mas faltou-me o ar. O tempo não foi nada de especial, 6,40 por km. Mas não desisti. Gosto de pensar na corrida como uma metáfora para o resto da minha vida. Fazer, estar presente, levar as coisas até ao fim. Mesmo quando estamos cansadas, mesmo quando achamos que não vamos ser capazes.
Estou quase quase lá. Vai ser um fim de semana, no mínimo, diferente. Vou estar com amigos, muitos. Vou correr, espero que também muito e vou ver uma cidade que adoro. Está quase.
Viver num país onde mulheres são forçadas a espremer as mamas para fazer prova de que estão a amamentar é algo que me envergonha. Depois da raiva, da vontade de bater em alguém, fica a vergonha. De todos. De mim, que vivo neste país.
Sal e açúcar. Sim, já tinha alguma noção dos problemas que provocam; e do aumento da obesidade infantil; e da diabetes. Mas ver a reportagem da Miriam Alves na SIC fez-me ficar em estado de choque. A Alice participou nessa reportagem como figurante. E depois de ver a emissão da reportagem não consegui evitar o desconforto. Afinal ela estava ali porquê? Por ter a idade pretendida para a reportagem ou por ser gordinha? A Alice é uma bebé grande e pesada. Desde muito cedo (7 meses) que me preocupo com a sua alimentação e que lhe restrinjo o acesso a alimentos que outros meninos da idade dela comem. Algumas pessoas dizem que sou exagerada. A pediatra da Alice diz que o peso dela vai regularizar (o que até é verdade, a julgar pelas últimas consultas) e que eu tenho de relaxar, porque temos bons hábitos alimentares em casa. Mas confesso que depois de ver a reportagem ela voltou aos iogurtes naturais. Se não viram, vejam. É mesmo importante perceber que esta dupla mortal anda por perto, e às vezes, de mãos dadas nos alimentos menos suspeitos. Os cereais, por exemplo, têm excesso dos dois... Os sumos, os iogurtes, a sopa... A reportagem foi emitida antes da Páscoa e posso assegurar que muitas coisas mudaram por aqui.<
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Reportagem à parte, a minha fofa estava mesmo de se trincar.
Não é por mal, mas têm sido tão corridos, os meus dias, que sobra tempo para muito pouco. Não tenho costurado, não tenho lido (a não ser coisas do trabalho), não tenho borregado no sofá... Têm sido corridos, os meus dias, e à noite só me apetece dormir. Faltam-me as forças para aqui vir. Aconteceram muitas coisas nestes últimos dez dias. Hoje apetece-me deixar aqui esta. Os meus primeiros dez km. Com muita rinite, que me deixou com falta de ar, com uma dor num pé... Mas fiz os meus primeiros 10km em menos de 1h10. Não é nada de especial mas para mim é para lá de espetacular. Percebi aquela coisa da superação, de achar que não ia conseguir, de passar metade da corrida a pensar que não chegava ao fim e, de repente, uma força que nos invade e impele a continuar. Foi lindo, mítico, e foi a corrida do meu Benfica!
Esta semana ainda não corri e estou a ressacar... O tempo também não tem ajudado. A última corrida foi no domingo de Páscoa, em Marco de Canaveses. O percurso, apesar de muito curto e com muitas subidas e descidas, era lindo. Como se pode ver pela foto. Fui cumprimentada por todos os companheiros de corrida e/ou caminhada com quem me cruzei. Ouvi os cânticos da missa, vi os foguetes e rebentar mesmo por cima da minha cabeça (sempre com medo de levar com uma cana nos cornos), e ainda ouvi o sino do compasso da visita pascal. Foi um momento muto especial.
Na semana passada foram quase 10km de corrida com a minha amiga do coração. Antes da corrida era este o espírito. Só por isto vale a pena correr. Esta partilha, este estar com as pessoas de quem gostamos. A Lina é das minhas amigas mais antigas. Conheço-a desde 94, sou madrinha de uma das suas filhas. Já passámos por muita coisa juntas. E não me canso de correr ao seu lado, Ela é, aliás, a par com a Sónia, a minha maior inspiração nesta coisa da corrida. Amanhã há mais.
Estava aqui a escrever sobre os meus dias. Mas o iPad bloqueou... Estou tão cansada que perdi a vontade de partilhar. Fica para amanhã. Ou não.
Muitos livros para pôr na gráfica; algumas desilusões pessoais (são as que mais me custam), muita vida para organizar; muitas corridas para fazer... Os dias têm sido cheios. O Henrique está com a avó (minha mãe) há quase duas semanas, estou a morrer de saudades mas ele, felizmente, parece-me muito bem. Esta coisa de ter telemóvel e de me poder ligar ou mandar uma mensagem também deve ajudar. Tem lido, brincado na horta, plantado um monte de coisas e colhido outras tantas. A Alice continua. Coisa mais fofa do mundo. Hoje vamos estar juntos. Lá mais para o fim do dia. Mal posso esperar.
Cansada, triste, muito trabalho, pouca vontade. Mas volto em breve.