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Depois de um dia mau pode haver um céu estrelado. O meu reino.


30
Jan07

Ele há dias que parecem noites

por Princesa das estrelas
Não me bastava estar desempregada. Não me bastava o raio da chuva que não me larga. Não me bastava o meu humor de cão, o meu pai internado...
Não me bastavam as incertezas face à saúde a à felicidade dos que me são muito queridos. Não me bastava não ter estômago e por isso ter de levar hoje (logo hoje) a injecção de vitamina B12.
Ainda tinha de terminar o dia a ver o filme do Mel Gibson!
Mas que raio de tendência a minha para procurar o que não devo. Depois do Braveheart juro que ste foi o primeiro o último filme do gajo que vi. Eu não quero violência, não quero ver corações a saltar em mãos, cabeças a rolar, mulheres a ser violadas... por mais verdadeiro que tudo aquilo seja, basta. Eu mereço alguma paz de espírito. E que ela me venha da ficção, dessa mesma ficção que se pode consumir a pedido: pago o bilhete e, durante duas horas, vou alhear-me do meu mundo. Não quero um mundo seja ainda pior que o meu.

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30
Jan07

Ele há dias que parecem noites

por Princesa das estrelas
Não me bastava estar desempregada. Não me bastava o raio da chuva que não me larga. Não me bastava o meu humor de cão, o meu pai internado...
Não me bastavam as incertezas face à saúde a à felicidade dos que me são muito queridos. Não me bastava não ter estômago e por isso ter de levar hoje (logo hoje) a injecção de vitamina B12.
Ainda tinha de terminar o dia a ver o filme do Mel Gibson!
Mas que raio de tendência a minha para procurar o que não devo. Depois do Braveheart juro que ste foi o primeiro o último filme do gajo que vi. Eu não quero violência, não quero ver corações a saltar em mãos, cabeças a rolar, mulheres a ser violadas... por mais verdadeiro que tudo aquilo seja, basta. Eu mereço alguma paz de espírito. E que ela me venha da ficção, dessa mesma ficção que se pode consumir a pedido: pago o bilhete e, durante duas horas, vou alhear-me do meu mundo. Não quero um mundo seja ainda pior que o meu.

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29
Jan07

Odeio

por Princesa das estrelas
hospitais. Aquele cheiro a desinfectante que se agarra a nós. As camas velhas, as janelas de madeira por onde o vento assobia.
Por que raio não me consigo ver livre deles?

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29
Jan07

Odeio

por Princesa das estrelas
hospitais. Aquele cheiro a desinfectante que se agarra a nós. As camas velhas, as janelas de madeira por onde o vento assobia.
Por que raio não me consigo ver livre deles?

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26
Jan07

vá lá...

por Princesa das estrelas

Toca!

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26
Jan07

vá lá...

por Princesa das estrelas

Toca!

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25
Jan07

E assim...

por Princesa das estrelas
se cria mais uma ilusão de mudança.

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25
Jan07

E assim...

por Princesa das estrelas
se cria mais uma ilusão de mudança.

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25
Jan07

Por mais voltas que dê...

por Princesa das estrelas
Não consigo fintar eternamente a realidade. e ela chegou hoje, na forma de carta. É verdade. Remetida pelo Hospital de Santa Cruz e a lembrar-me que está a chegar a hora h... A seis de Março as análises, a ecografia e o rx. E a 23 de Abril a consulta.
Começou oficialmente a contagem decrescente para mais uma confirmação da minha sobrevida.

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25
Jan07

Por mais voltas que dê...

por Princesa das estrelas
Não consigo fintar eternamente a realidade. e ela chegou hoje, na forma de carta. É verdade. Remetida pelo Hospital de Santa Cruz e a lembrar-me que está a chegar a hora h... A seis de Março as análises, a ecografia e o rx. E a 23 de Abril a consulta.
Começou oficialmente a contagem decrescente para mais uma confirmação da minha sobrevida.

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25
Jan07

Pensamentos dispersos

por Princesa das estrelas
- Os dias passam a uma velocidade assustadora. Um a seguir ao outro mas, por vezes, parece que durante o sono me enganaram e passaram quatro ou cinco de uma vez.
- A vida é mesmo uma porra. Há sempre uma areia na engrenagem para nos atrapalhar. O problema é quando a areia se transforma em deserto e, antes de termos tempo para nos levantarmos de uma das quedas que a vida nos proporciona, já estamos outra vez de queixos na areia a ver tudo de uma perspectiva baixa, muito baixa.
- Por que motivo sofrem aqueles que amamos? A cada dia sou surpreendida com um novo drama ou o avivar de um velho... e como não vivo sem os que me são queridos, não consigo deixar de pensar neles e na tremenda injustiça de tanto sofrimento.

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25
Jan07

Pensamentos dispersos

por Princesa das estrelas
- Os dias passam a uma velocidade assustadora. Um a seguir ao outro mas, por vezes, parece que durante o sono me enganaram e passaram quatro ou cinco de uma vez.
- A vida é mesmo uma porra. Há sempre uma areia na engrenagem para nos atrapalhar. O problema é quando a areia se transforma em deserto e, antes de termos tempo para nos levantarmos de uma das quedas que a vida nos proporciona, já estamos outra vez de queixos na areia a ver tudo de uma perspectiva baixa, muito baixa.
- Por que motivo sofrem aqueles que amamos? A cada dia sou surpreendida com um novo drama ou o avivar de um velho... e como não vivo sem os que me são queridos, não consigo deixar de pensar neles e na tremenda injustiça de tanto sofrimento.

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25
Jan07

Espera...

por Princesa das estrelas
Porque não toca o telefone?

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25
Jan07

Espera...

por Princesa das estrelas
Porque não toca o telefone?

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24
Jan07

morrer em vida

por Princesa das estrelas
A morte é uma evidência da vida, todos sabemos.
O meu irmão, que é enfermeiro e lida constantemente com esta evidência, dizia-me há uns anos atrás e em tom algo jocoso, que a morte era a primeira doença sexualmente transmissível...
Nos últimos dois anos tenho convivido muito com esta evidência da vida. Talvez até em doses excessivas para alguém que tem 30 anos. O cheiro da morte, a sua ameça, e, em outros casos, a sua evidência, têm-se feito sentir com grande evidência aqui para as minhas bandas.
Na segunda-feira, em conversa com uma amiga, ela dizia-me, referindo-se à doença do seu pai, que a coisa que mais impressão lhe fez, durante uma fase mais aguda, foi a sensação de que ele estava a desaparecer em vida. E o que ela me disse faz todo o sentido porque é exactamente o que sinto em relação ao meu pai. Ele está vivo, sim... mas pouco vivo. A sua vida é tão pequenina, é tão pouca vida. Sinto-o a desaparecer como areia fina por entre os meus dedos e tenho a ilusão de que está vivo porque o vejo todos os dias. Só que quando penso a sério no assunto percebo que ele já não é um vivo completo, não se sente verdadeiramente neste mundo. É como se ele estivesse em transição entre dois mundos, o dos vivos e o dos mortos, e eu, que não sei de que lado ele vai ficar, tento puxá-lo, com todas as minhas forças, para o lado de cá.

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24
Jan07

morrer em vida

por Princesa das estrelas
A morte é uma evidência da vida, todos sabemos.
O meu irmão, que é enfermeiro e lida constantemente com esta evidência, dizia-me há uns anos atrás e em tom algo jocoso, que a morte era a primeira doença sexualmente transmissível...
Nos últimos dois anos tenho convivido muito com esta evidência da vida. Talvez até em doses excessivas para alguém que tem 30 anos. O cheiro da morte, a sua ameça, e, em outros casos, a sua evidência, têm-se feito sentir com grande evidência aqui para as minhas bandas.
Na segunda-feira, em conversa com uma amiga, ela dizia-me, referindo-se à doença do seu pai, que a coisa que mais impressão lhe fez, durante uma fase mais aguda, foi a sensação de que ele estava a desaparecer em vida. E o que ela me disse faz todo o sentido porque é exactamente o que sinto em relação ao meu pai. Ele está vivo, sim... mas pouco vivo. A sua vida é tão pequenina, é tão pouca vida. Sinto-o a desaparecer como areia fina por entre os meus dedos e tenho a ilusão de que está vivo porque o vejo todos os dias. Só que quando penso a sério no assunto percebo que ele já não é um vivo completo, não se sente verdadeiramente neste mundo. É como se ele estivesse em transição entre dois mundos, o dos vivos e o dos mortos, e eu, que não sei de que lado ele vai ficar, tento puxá-lo, com todas as minhas forças, para o lado de cá.

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23
Jan07

Será que é desta?

por Princesa das estrelas



Dois anos e meio depois.
Esta é uma das muitas tarefas que me proponho concluir durante este período de nojo.

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Jan07

Será que é desta?

por Princesa das estrelas



Dois anos e meio depois.
Esta é uma das muitas tarefas que me proponho concluir durante este período de nojo.

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23
Jan07

Vida interrompida

por Princesa das estrelas
Aqui estou eu. ainda não bem desempregada, mas já não empregada.
Aqui estou eu em casa, supostamente sem nada que me ocupe mas, nas verdade, atafulhada de afazeres: o pai para levar ao hospital, a mudança do quarto do filho, a arrumação do escritório, mais o filho doente que é preciso levar ao médico e que é preciso cuidar em casa. E a casa, não podemos esquecer a casa, a ementa do almoço e a do jantar também. O telefonema aquela amiga, a visita à outra.
E, tudo muito espremidinho, continua a falatar o tempo para mim. Ainda não li (O Ruben Fonseca vai a meio), o tricot anda a meio gás, e a escrita, bem essa nem se fala.
Falta-me tempo, penso. Mas como se tenho todo o tempo do mundo?

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23
Jan07

Vida interrompida

por Princesa das estrelas
Aqui estou eu. ainda não bem desempregada, mas já não empregada.
Aqui estou eu em casa, supostamente sem nada que me ocupe mas, nas verdade, atafulhada de afazeres: o pai para levar ao hospital, a mudança do quarto do filho, a arrumação do escritório, mais o filho doente que é preciso levar ao médico e que é preciso cuidar em casa. E a casa, não podemos esquecer a casa, a ementa do almoço e a do jantar também. O telefonema aquela amiga, a visita à outra.
E, tudo muito espremidinho, continua a falatar o tempo para mim. Ainda não li (O Ruben Fonseca vai a meio), o tricot anda a meio gás, e a escrita, bem essa nem se fala.
Falta-me tempo, penso. Mas como se tenho todo o tempo do mundo?

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